Leitura - software principal

Não podia deixar de comentar essa imagem.
Metáfora apropriadíssima para uma boa discussão sobre o processo de leitura.
Afinal, que leituras estamos preferindo para alimentar o nosso cérebro?
Esses softwares são necessários e suficientes para as exigências atuais da sociedade? E tenho aptidão para avaliá-los?
Estão coerentes com meus anseios de leitura? Estou sabendo conciliar meus desejos de leitor com a realidade que me cerca?
Diante de tamanha tecnologia, e necessidade de adaptação, dentre outras relevâncias, vamos pensar sobre os "softwares" que estamos agregando à nossa principal máquina?
Boas leituras!

Dia Mundial do Livro

Marcador de Livro

(Montagem em sulfite A4, desenhos obtidos no google imagens, impressão colorida, plastificado com contact) 

Uma forma simples e fácil de rememorar a presença física e intelectual do livro na nossa vivência escolar. E nossa reflexão aconteceu entorno da citação de Monteiro Lobato: 

 "Um País se faz com homens e com livros".

Além de um toque especial (carinhoso), inesperado para alguns, o marcador de livro foi um incentivo para os alunos do Ensino Fundamental II. A partir da citação foi possível trilhar um caminho individual e expor um reconhecimento uno da relevância do mesmo para a vida e formação como cidadão. Um jeito até diferente de fugir de atividades planejadas exclusivamente para fins pedagógicos, mas que possibilita o aluno a valorizar a sua capacidade de pensar e reorganizar seu pensamento em grupo. Uma atividade rápida, que pode levar de 10 a 30 minutos a depender do envolvimento da classe, com o objetivo apenas de discutir a data e permanecer viva a companhia do livro no nosso cotidiano. E uma forma também de levá-los a criar situações para a produção textual.  

Pensando a fala

Frequentemente, ao visitar algumas redes sociais, leio a seguinte frase:

"sou responsável pelo o que eu falo, não pelo o que os outros entendem".

Confesso que estas palavras me causam certa inquietação. Fico a pensar: a Língua Portuguesa é dotada de recursos estilísticos, de jogos sonoros, figuras de linguagem, são tantas as concordâncias semânticas, semióticas e sintáticas! Estudamos tantos esteriótipos de linguagem (poder de manipulação)! Aprendemos que devemos saber articular a nossa fala de acordo com as reais situações de uso, dentre outras coisas, sem falar em poesia. Pensando assim, cheguei a acreditar que é um pouco arriscado pronunciá-la com tanta convicção, visto que, o que o outro entende pode ser fruto do modo como eu a elaborei.Tendo em vista que quando eu falo, eu conheço ou reconheço o meu ouvinte. É comum nas redes sociais, lermos postagens que remetem diretamente a pontos de vista, à emoções, à experiências singulares, inclusive pensamentos de cunho próprio, o que pode parecer uma brincadeira para alguns, pode servir de discurso direto para outros. Mas o que eu quero falar, uma vez falantes natos da Língua Portuguesa, é que embora acreditemos na autoria de nossos escritos, devemos policiar a nossa linguagem, principalmente nessas redes, pois temos leitores de todas as idades, de graus de formação diferentes, de gostos diversificados, de culturas e costumes variados etc., levando em consideração que o respeito prevalece, a educação é contínua, e se somos realmente responsáveis pelo o que falamos, somos também capazes e conscientes o suficiente para sujeitar as consequências de nossas atitudes, principalmente quando temos participação responsável pelo processo de ensino-aprendizagem e formação de leitores críticos, ativos e aptos a defender eticamente seus pontos de vista.

O que vocês pensam disso?
Participem! nossas opiniões podem ajudar a reorganizar ideologias, e contribuir de forma positiva com  o uso coerente de redes sociais nos espaços educativos.

Cortina - Atividade sobre o Dia Das Mães.

Trabalho desenvolvido por alunos do Ensino Fundamental II

      Pensamos, pesquisamos, dialogamos, e parecia difícil pensarmos em alguma atividade que tivesse o nosso toque especial. Falar de mãe, reconher o valor, a importância de sua participação social, na família, na vida de uma criança etc, uma vez que esta é parte integrante de nossa existência (biológica ou não), parece até repetitivo visto que podemos dizer que a amamos diariamente, seja por palavras, gestos, atitudes etc. Mas precisaríamos aproveitar esse dia que  a sociedade se mobiliza, para dizermos de uma forma especial e diferente do modo que muitas vezes já dissemos. Então pensamos (alunos e professora) na ornamentação de uma cortina para a porta de nossas salas, que não disfarçasse a nossa intenção, e fosse possível o trabalho coletivo, cooperativo e rico para a nossa aprendizagem. Assim, decidimos estudar um pouco de poesia, e nos apropriemos do gênero "poesia concreta" (antes tivemos uma aula expositiva sobre a mesma). Logo criemos frases poéticas, com revisão gramatical e montamos nossa homenagem em forma de texto poético ilustrativo (criemos um desenho com nossas frases e demonstremos que podemos usar razão e emoção sem fugir de nossos objetivos pedagógicos), mas isso foi possível com o envolvimento de todos na atividade e organização fragmentada da mesma. A cortina (como denominamos) ficou exposta por 2 dias na porta de nossas salas.

O que vemos com os ouvidos e falamos com os olhos

De um jeito especial e uno despertou em mim um modo singular de olhar.

Aprendi que o trabalho em grupo é uma das formas de desenvolvimento da aprendizagem. E que é importante valorizar o conhecimento implícito do alunado, assim como criar condições para o aperfeiçoamento do mesmo. Acredito e confio nisso. Com minha prática, aprendo, também, que a verdadeira faculdade está na convivência e vivência pedagógica, ou seja, no curso de formação conhecemos o material necessário para a construção da peça (tecido, agulha e linha), no dia a dia aprendemos a tecer coerentemente de acordo com o desenho que queremos traçar, de acordo com as reais necessidades de produção. No Dia Mundial da Água, pensávamos em agregar alguma atividade que permitisse uma intereção reflexiva de alunos e professores sobre o tema. Conversamos momentaneamente (professores) e decidimos que cada um conduziria um fio do tecido. A professora de Ciência, no entanto, lançou, em todas as classes de Ensino Fundmantal II, o concurso do desenho que fosse mais criativo e significativo, e solicitou a votação de todos os professores. Escolhi alguns, que realmente estavam incríveis, os quais fotografei e usei-os como ilustração na atividade de Língua Portuguesa, que foi a análise sintática e morfológica (em parte) da música "Planeta água" do cantor e compositor Guilherme Arantes; mas o desenho que me surpreendeu foi esse (foto em anexo), por motivos simples e valiosos: desenvolvido por um aluno do 6º ano (repetente), que pouco interage nas atividades pedagógicas, se distrai com muita facilidade, conversa e brinca desmedidamente, ou seja, pouco cria expectativas, mas desde o início de minha vivência com o mesmo, vejo nessa criança um brilho que precisa ser lustrado pra refletir aos olhos de quem o observa. Ao observar sua obra de arte, trilhei muitas possibilidades possíveis de leitura, e fiquei encantada pela sua dedicação. Ele, ao perceber que eu havia gostado de seu desenho, demonstrou-me tamanha satisfação e preocupou-se em explicar (uso consciente da água, lixo no lixo, preservação do meio ambiente, analogia das cores, e relevância de sua participação nessa atividade) o seu trabalho com um brilho nos olhos que mais me pareciam inundados de água. Aprender também é isso: sentir o sentimento, valorizar a aprendizagem e ser livre pra compreender o que já foi construído pelo homem de forma singular.
à criatividade está também em estabelecer lógica real à necessidade de criação.

Nossos alunos são nossa maior motivação!