Tradução

"Nunca deixe de sonhar"

"Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor de sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades." (Augusto Cury)

sábado, 28 de julho de 2012

Internet x escola - Jornal Hoje - Estudante é suspensa por publicar na internet os resultados das tarefas



Vídeo disponível em: <http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=MHvpBwAbfLk&feature=endscreen&noredirect=1>
Acesso em 28 de julho de 2012.


A tecnologia faz parte do nosso cotidiano, a mídia nos ajuda a pensar, aprender, compreender o mundo, mas saber os mecanismos de funcionamento dessa tecnologia é fundamental. Recursos "modernos" têm nos servido de subsídios para melhorar a qualidade do nosso trabalho. E na escola, estamos observando essa realidade?
Este vídeo pode nos servir de exemplo para reflexões advindas do uso da internet na escola. Não podemos fugir de uma realidade necessária e inevitável. A educação tem pressa. Precisamos estar atentos e fazer uso dessas ferramentas modernas, que facilitam o nosso trabalho, e permitem certa organização de estudo a depender dos objetivos propostos. Assim como viabilizam interação entre professor, aluno e processo de aprendizagem, fazendo com que todos os participantes sejam responsáveis pelo processo e juntos atribuam sentido real  ao ensino. Precisamos orientar  nossos alunos a respeitto da liberdade que a mídia nos oferece e fazer uso desta com conhecimento. Sendo que é um momento de troca constante entre aluno e professor na sala de aula.  

Uma forma menos cansativa de aprender

Atualmente contamos com muitos dispositivos que podem nos auxiliar em sala de aula. Mas nenhum deles é autosuficiente para substituir o papel principal de um educador, por mais sofisticados que sejam, o professor continua, ainda, o protagonista do processo de ensino-aprendizagem. Somos nós professores, responsáveis por possibilitar situações facilitadoras desse processo, inclusive em saber lidar com ferramentas modernas, aproveitando ao máximo o que pode ser útil para melhorar a qualidade de nosso trabalho. De nada adianta termos tantos recursos ao nosso dispor se não soubermos atribuir significado real, se não soubermos utilizá-los com sabedoria, articulá-los de acordo com as reais necessidades pedagógicas. 

Como professora de Língua Portuguesa, aprendi que uma forma prazerosa de compreender o funcionamento de nossa língua é jogar com as palavras, buscar desvendar os mistérios que a mesma carrega, e apreciar a magia de transmitir uma mensagem, um desejo, um sentimento etc., assim como reconhecer a necessidade comunicativa e tecer a fala com precisão. Um dos recursos que mais me encanta nesse processo são a leitura e a escrita. Nada me parece tão saudável do que aprender a ler lendo, escrever escrevendo. O ato de aprender depende muito da condição criada para isso. Existem muitos textos, atividades que já são planejadas para fins didáticos, e como existem! O que nos auxiliam em todo o processo de ensino. Mas como mediadores, penso ser interessante levarmos em consideração a realidade dos alunos com os quais convivemos, inclusive saber suas preferências de leitura, música, estilo de vida etc., e tentarmos agregar essa realidade ao nosso jeito de trabalhar. Sim, é mais trabalhoso, mas os resultados são sempre satisfatórios.

A poesia, a música, o filme, e os jogos são meios atrativos nesse processo. Mas enfatizo, depende do modo como conduzimos as atividades. Permitir que nossos alunos participem do processo de criação é uma forma de fazê-los reconhecer que eles são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da própria aprendizagem, e isso tem funcionado e alimentado as minhas expectativas, continuo acreditando na educação.

Por falar em poesia, vejam o belo texto que encontrei (Poesia da Gramática), exemplo para recordar conceitos gramaticais, aferecendo aos nossos ouvidos uma revisão suave de gramática com sonoridade, escrito pela estudante de Letras, poeta, escritora e professora Patricia Pessoa.


POESIA DA GRAMÁTICA!!!!!!!!

Vamos tentar compreender
A tal gramática?
Que arrepia meu ser
E me deixa estática?

Não quero mais temer
Gramática quero aprender
E não mais esquecer
Em minha memória permanecer.

Então iremos começar
Com os tipos de Sujeito
Com calma iniciar
E aprender direito...

Sujeito simples possui um núcleo
Não há como errar
“Eu amo a vida”
Bom exemplo pra começar.

Sujeito Composto possui mais de um núcleo
“João e Maria nasceram  para se amar”
Que bela e linda maneira de ensinar
O sujeito composto para eu me adaptar.

Sujeito oculto desidencial
Parece tão complicado, mas isso é natural.
“Falaram que o amor chegaria enfim”
Isso soa para mim
Uma forma fácil de aprender
A gramática do meu ser.

E o Sujeito Indeterminado
O que será este coitado?
“ Comentou-se algo e ficou maravilhado.”
Você conseguiu entender?
Leia um pouco mais e irás compreender.

O que será o Sujeito Inexistente?
Pense, force um pouco sua mente.
Ah, é uma oração sem sujeito....
Explique-me direito....

Sujeito Inexistente
São fenômenos da natureza
Onde eu fico tão contente
Por haver cor e beleza.....

...No inverno, tudo é tão lindo
Há chuvas todos os dias
O amanhecer trás energia
Belas cores e poesias....
Haverá esperança um dia
Onde a verdadeira alegria
Não dará mais lugar a nostalgia.
Onde está o sujeito inexistente
Nesses versos em poesia?
Force um pouco sua mente....

Vamos falar do Predicado?
Qual a regra principal?
“Tudo que não é sujeito, é predicado”
Não muda, será igual.

Eu amo a vida.
Eu...Sujeito
Amo a vida....Predicado
Aprendeu a lição?
É simples...como uma canção.

O Predicado Verbal
Tem como núcleo o verbo
O Predicado Nominal
O núcleo é o nome...
Ainda não compreendeu?
Vamos praticar...
Comece a rimar....
A noite, todos estavam cansados
Chamamos de Predicado Nominal...
Ingraçado que  nesse mundo
O cansaço é normal.

Comeram meu pão
Chamamos de predicado Verbal
Mas pegar o que não é seu, é falta de educação
Um exemplo sensacional.

E agora o Verbo- Nominal?
Será que há alguma explicação?
A gramática é especial
E nos dará a solução.

O Verbo- Nominal
Há verbo e característica....
“Aqueles rapazes chegaram felizes....
Chegaram.....verbo
Felizes....característica.

Não é tão complicado assim
Basta estudar um pouco mais
A vida pra você e pra mim
É um grande desafio...não desista jamais.

Chegou o momento
Da Transitividade Verbal
Precisamos de um tempo
Para essa análise especial.

Intransitivo não possui complemento
Não tem amigos, é sempre solitário
Coitado do Intransitivo.....

....Todos choravam naquele dia chuvoso
É um verbo Intransitivo
Mesmo sendo um dia gostoso
Chegaram todos atrasados...

Transitivo possui complemento
Gosta da amiga Preposição;;;
Preciso de ajuda
Nessa lição.

“Confio em você”
Meu amigo especial.
Uma regra gramatical
Não posso esquecer.

Transitivo direto... Sem preposição
Transitivo indireto... Com preposição
Compreendeste a lição?

Para tudo na vida é preciso estudar
Ter disciplina e se conscientizar
De que nada é impossível para o alvo se alcançar
E chegar a algum lugar.

A gramática é difícil
Mas não é impossível entender
Vamos então caprichar
A gramática compreender
Para poder
Também ensinar.

Vamos treinar?
Pegue seu livro de gramática
E comece a estudar
Boa sorte!Você chegará lá !!!!!
PATRICIA PESSOA
Acesso em 28 de julho de 2012.

Ciúme ou ciúmes? Saudade ou saudades?...

Nunca havia pensado na forma correta de expressar esses substantivos abstratos. E quase sempre empregava-os no plural. Buscando compreendê-los, encontrei este texto em um blog, muito interessante. Vejamos!


Comumente ouço as palavras saudade, ciúme e felicidade sendo empregadas no plural. Confesso que acho estranho por não conseguir imaginar como possa haver mais de uma felicidade, ou como alguém possa sentir mais de um ciúme… Por isso sempre digo que estou com saudade, ou desejo felicidade no aniversário de alguém. Qual a forma mais adequada? (Rodrigo Bersot)
Em primeiro lugar, Rodrigo, você tem o direito de ser fiel ao singular das palavras saudade, felicidade e ciúme. Não há erro nisso. Mas saiba que também não haveria erro se você as empregasse no plural.
A condenação dos tradicionalistas a uma flexão consagrada como “saudades” se baseia num único argumento: a palavra exprime uma “noção abstrata” e, como tal, não é enumerável. Isso é uma ideia tão antiga e furada – e contrariada por séculos de uso – que até um prócer do conservadorismo gramatical como Napoleão Mendes de Almeida (1911-1998) mostrou-se em dúvida sobre ela.
Em seu “Dicionário de questões vernáculas”, o famoso professor observou que ia ocorrendo com saudade o mesmo que ocorrera com parabém e pêsame, palavras cujo singular caiu em desuso e que hoje só existem no plural. “Já não dizemos que um dia só o plural se venha usar”, concluiu, “mas por ora nada há que opor ao emprego da flexão numérica.” (Sobre isso, vale a pena ler o que diz o professor Paulo Hernandes, discípulo de Napoleão, aqui.)
Tudo resolvido, então? De certa forma, sim. Como ficar à direita de Napoleão Mendes de Almeida em questões gramaticais acarreta a desclassificação sumária do debatedor, poderíamos passar ao próximo item da conversa. Mesmo assim, vale a pena falar um pouco mais sobre essa história.
A “regra” de não levar para o plural substantivos que exprimem “noções abstratas”, se pensarmos bem, é inaplicável de saída: tais substantivos – como a maioria das palavras – tendem a um certo esparramamento semântico sobre a superfície das coisas. No caso do substantivo liberdade, ideia pura, a concretização do plural é clara e pode evocar desde ares escandalosos, libertinos (“tomou liberdades com a jovem”) até o verniz jurídico de cláusulas num contrato político-social (“liberdades civis”). No caso da palavra amor, que nomeia ainda o objeto do amor, também soa natural a flexão: “fulano estava dividido entre dois amores”. Até aí os tradicionalistas vão. O problema, segundo eles, são os abstratos que permanecem abstratos.
O problema verdadeiro, claro, são os tradicionalistas. Porque simplesmente não existe um dique capaz de separar abstração e concretude com tanta segurança. “Felicidades” pode querer dizer “votos de felicidade”. E não é difícil perceber que saudades podem ser enumeradas: de você, das crianças, dos nossos passeios dominicais, da infância, da comida da vovó…. Essa expansão do sentido nuclear das palavras se dá por metonímia e é tão banal – e incontrolável – que tende a passar despercebida.
Isso bastaria para fazer picadinho de uma regra besta, mas nem sempre a lógica da metonímia está por trás do plural de substantivos abstratos. Um outro caminho é o da fórmula convencional, que cristaliza a palavra numa dureza de lugar-comum, moedinha que as pessoas trocam várias vezes ao dia. Foi o que ocorreu com pêsames e parabéns, como observou o professor Napoleão, e é o que ocorre em frases como “mando lembranças”, “estou com saudades”, “desejo felicidades”. Um intuito de intensificação por multiplicação parece estar na origem de tal uso, mas o clichê tem o efeito oposto, de atenuamento. Declarar saudades, num plural difuso, compromete menos do que se dizer com saudade, no singular pessoal. E desejar felicidades talvez soe mais elegante e discreto do que desejar felicidade (como se alguém pudesse saber o que é a felicidade para o outro). Etc.
O plural de ciúme, também bastante usado, é um caso curioso em que as duas tendências, a da metonímia e a da fórmula, parecem se fundir, negando-se mutuamente. Não sendo bem um lugar-comum da convivência social, ciúme no plural ainda assim tem algo de clichê, de marcação dramática. E não sendo coisificado pelo objeto, como amor, quem pode garantir que não guarde um eco da multiplicidade de faces do ciúme, de seu jeito infinito-enquanto-dure de doer?

Acesso em 27 de julho de 2012.