Tradução

"Nunca deixe de sonhar"

"Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor de sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades." (Augusto Cury)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

As férias são precisas, mas o retorno é a paz devolvida.

As férias escolares estão quase terminando, o que para alguns é mais uma oportunidade de resgatar o dia a dia, as vivências e convivências, e ter a oportunidade de continuar construindo histórias. Para outros, elas vão terminando com gostinho de quero mais, meio indecisas se vão ou se ficam, com certa insegurança do que vem pela frente, mas com a consciência de uma necessária convivência. E mesmo com inconsistência, todos sabemos que estamos vivendo realidades de muitos sonhos.
Sonhos que são aprendidos, vividos, imaginados, criados, pintados, cantados, que são sonhos. Sonhos de uma vida feliz e realizada. Sonhos de quem ganhou a vida e luta por devolvê-la por inteiro. Vidas, até de quem não teve a oportunidade de vivê-la, mas luta por designá-la a quem faça por merecer. Por isso, sonhos de vidas de verdade.
Férias. Descanso merecido. Tão merecido que nos coloca à prova de nossa própria resistência. Nos deixa com saudades do barulho, da correria, das cobranças, dos resultados e de cada sorriso estampado na face de uma criança. Nos faz sentir falta de uma rotina que nos deixa incertos do amanhã, seguros do ontem e desafiados do hoje. Saudades até das expressões impotentes de quem salta nas palavras sem saber o significado, mas reluta com a própria ansiedade e encontra o seu lugar do assento, e quando precisa levantar é para clamar o nome, a honra, e os dias de glórias pela concretização dos sonhos reais da vida. Saudades de sentir o susto acompanhado por trêmula alegria dos inesperados questionamentos que não são inocentes, mas advindos de realidades para as quais pelejamos compreendê-las. Questionamentos de quem precisa entender o mundo que lhe foi apresentado com tanta imprecisão que continuamos crescendo como se não tivéssemos nascido nunca, mas como se estivéssemos nos preparando para a chegada de um futuro como o nascimento de um novo ser.
Quem inventou férias, sabia o quanto são necessárias para sentirmos o vazio que somos, e o quanto podemos nos preencher com a nossa vida mediante o que fazemos. Conhecia da precisão do desequilíbrio, e o quão fortes somos para reerguermos a nossa capacidade de estar junto. Sabia do quanto precisamos desligar o relógio para notarmos sua ausência, e recarregar sua bateria para sentirmos sua presença em nós. Quem inventou férias, sabia que todos somos humanos e não vivemos isolados, mesmo que tentemos.
Férias são isso: tentar escrever a sensação de estar desligada desse relógio inventado, e não encontrar palavras exatas que atendam a todos os sentimentos de quem descansa. Pois descrevê-los seria impossível diante das circunstâncias de quem escolheu uma vida de verdade e sabe que viver vai além de qualquer férias e de qualquer relevância que esse texto possa passar. Simplesmente porque férias têm o seu gostinho, e a vida não pode parar.

Retornemos às aulas como quem precisa devolver a paz.
Bons estudos, boa vida!