Este é um dos vídeos que mais me motivou a continuar querendo aprender. Na educação, muitas vezes, nos sentimos fracos, sem criatividade, e até incapazes diante de algumas situações implanejadas, inclusive rotineiras. Mas somos educadores, e o nosso ofício requer muita força de vontade. Ensinar não significa oferecer um modelo pronto de aprendizagem, de ensino. Diante de minha pouca experiência confirmo o que muitos autores já disseram: o ensino só acontece quando há aprendizagem e vice-versa. Aprender antes de tudo exige persistência diante das necesssidades de querer aprender. Aprender demanda querer descobrir, compreender, e conseguir, e para que isso seja possível, o professor tem um papel fundamental, uma vez conhecedor de seus objetivos diante das necessidades reais de aprendizagem, de oferecer condições de produção, criar situações modelo, possibilidades que mostrem o caminho a ser trilhado, e acima de tudo ser paciente com o seu diferente, criar expectativas e proporcionar confiança, o que é perceptível na interação dos personagens neste vídeo.
No início deste ano (2012) ao descobrir este vídeo, não hesitei em levá-lo para a escola onde trabalho. Reunimos todos os alunos do E.F.II no pátio do colégio para assistí-lo, e a seguir passamos uma caixinha com papéis em branco (cores sortidas a propósito), no qual cada aluno deveria resumir em uma palavra a sua visão peculiar do mesmo. Curiosamente alguns alunos fizeram um ponto de interrogação, o que tornou a atividade ainda mais relevante. A ideia era dividi-los em pequenos grupos de acordo com as cores, para que estes discutissem, discordassem e apresentassem suas conclusões, mas acabamos em um único grupo (grupão), e os resultados supriram as nossas expectativas. Alguns se mostraram curiosos para entenderem a final o que queríamos passar, pois achavam que não tinham entendido absolutamente nada; outros ficaram inquietos, queriam falar tudo o que captaram, até recontar a história. Concluímos que mesmo sem linguagem, o vídeo foi capaz de nos motivar, visto que faz com que sejamos autores da história enquanto os pesonagens se movimentam, e ainda nos remete aos tempos de cinema mudo. Essa atividade nos levou a discutir assuntos imprescindíveis no espaço escolar: força de vontade, respeito, educação, aceitar o diferente, compromisso, comprometimento, ser diferente, ser a própria mudança etc.
E foi uma aceitável dinâmica em um momento oportuno, que pode ser aperfeiçoada e enriquecida ainda mais.
Abraços!