"sou responsável pelo o que eu falo, não pelo o que os outros entendem".
Confesso que estas palavras me causam certa inquietação. Fico a pensar: a Língua Portuguesa é dotada de recursos estilísticos, de jogos sonoros, figuras de linguagem, são tantas as concordâncias semânticas, semióticas e sintáticas! Estudamos tantos esteriótipos de linguagem (poder de manipulação)! Aprendemos que devemos saber articular a nossa fala de acordo com as reais situações de uso, dentre outras coisas, sem falar em poesia. Pensando assim, cheguei a acreditar que é um pouco arriscado pronunciá-la com tanta convicção, visto que, o que o outro entende pode ser fruto do modo como eu a elaborei.Tendo em vista que quando eu falo, eu conheço ou reconheço o meu ouvinte. É comum nas redes sociais, lermos postagens que remetem diretamente a pontos de vista, à emoções, à experiências singulares, inclusive pensamentos de cunho próprio, o que pode parecer uma brincadeira para alguns, pode servir de discurso direto para outros. Mas o que eu quero falar, uma vez falantes natos da Língua Portuguesa, é que embora acreditemos na autoria de nossos escritos, devemos policiar a nossa linguagem, principalmente nessas redes, pois temos leitores de todas as idades, de graus de formação diferentes, de gostos diversificados, de culturas e costumes variados etc., levando em consideração que o respeito prevalece, a educação é contínua, e se somos realmente responsáveis pelo o que falamos, somos também capazes e conscientes o suficiente para sujeitar as consequências de nossas atitudes, principalmente quando temos participação responsável pelo processo de ensino-aprendizagem e formação de leitores críticos, ativos e aptos a defender eticamente seus pontos de vista.
O que vocês pensam disso? Participem! nossas opiniões podem ajudar a reorganizar ideologias, e contribuir de forma positiva com o uso coerente de redes sociais nos espaços educativos.
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