Não foram as imposições adultas que me fizeram crescer.
Também não foi o contrário, foi mais que isso.
Se pensasse em identidade, jamais pudesse ser eu.
Correria o risco de ser o outro, com quem eu mais me identificasse.
Imagine um Machado de Assis versão feminina!
Um Fernando Pessoa, com vozes sibilares!
A duplicidade de Clarice Lispector!
A nova geração de Cora Coralina!
Uma Charles Chaplin silenciosa!
Uma Júlio Cortazar em pleno século 21!
A reunião de todos eles e muitos outros que me foram apresentados!
Ou nenhum deles e ser aqueles que nem sabemos quem são!
Ah!! O melhor de tudo foi ter nascido e ser um caminho livre sem final nem volta.
Um ser com nome que só conhece os afins.
Um ser coração sem tempo nem pressa.
Um ser ou não ser que a natureza determina.
Professora Márcia Neves
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